Sabemos que, tal como nós, existem centenas de outros projetos a querer fazer mais pelo planeta. Fomos ter com eles para saber mais sobre o que os move e o que podemos deles esperar. Uma vez por semana, uma startup, uma entrevista, cinco perguntas.
Falamos com Diana Ferreira, co-fundadora da Noytrall, uma empresa que quer compensar os hóspedes pelas suas práticas sustentáveis, ao mesmo tempo que incentiva os hotéis a implementar cada vez mais medidas ecológicas no seu funcionamento.
Através de uma app os hóspedes podem consultar o seu consumo e interagir com um sistema de educação e gamificação que promove a adoção de boas práticas de sustentabilidade, recompensando-os com um conjunto de experiências ou produtos sustentáveis.
Que problema vem resolver a tua startup?
Há cada vez mais turistas a procurar, com dificuldade, opções de viagens sustentáveis. No entanto, o que significa ser sustentável, quando ficamos hospedados em hotéis?
O setor do turismo tem vindo a definir metas para reduzir em metade o seu impacto. Mas essas metas só serão alcançadas com o envolvimento dos hóspedes. Hoje, quando ficamos num hotel, não pagamos apenas o que estamos a consumir (energia e água), mas sim uma média de todos os hóspedes, e isso tira responsabilidade ao turista. Para aumentar a sustentabilidade do sector, os hotéis têm de tornar a sua oferta justa e transparente, proporcionando aos turistas as ferramentas necessárias para reduzirem o seu impacto.
Porquê a área da sustentabilidade para começar um negócio?
A partir de uma base de engenharia sempre tivemos uma sensação de responsabilidade ambiental e começamos o nosso percurso no empreendedorismo na tentativa de dar resposta a necessidades das energias renováveis. À medida que fomos transitando para este negócio de turismo, a base da sustentabilidade foi sempre um ponto de partida.
Quais os maiores obstáculos de trabalhar nesta área?
Infelizmente, para muitos negócios, a sustentabilidade é um aspeto secundário, sendo que os aspetos económicos se sobrepõem. Faz parte do esforço dos empreendedores de base sustentável mostrar que não existem negócios onde a sustentabilidade não seja um aspeto central.
Qual a conquista que de que mais te orgulhas enquanto líder desta startup?
Ter uma equipa que acredita na missão tem sido fundamental, mas o orgulho no trabalho virá de conseguir realmente reduzir o impacto do turismo.
Qual o próximo passo?
Como próximos passos queremos expandir a nossa base de oferta e estabelecer uma comunidade de serviços e produtos sustentáveis direcionados ao turismo.
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