Qual é coisa qual é ela que cheira a ovo, sabe a ovo, parece um ovo, mas não é ovo? Já te contamos.
Podemos não saber quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha, mas sabemos, com toda a certeza, quem é o membro mais recente desta família: o ovo vegetal, feito a partir do feijão de soja.
O Centre for Food Education and Research (CFER), empresa portuguesa da área da
investigação e desenvolvimento alimentar com foco na alimentação saudável e inovadora, está a trabalhar num produto 100% vegetal que promete não deixar saudades do ovo tradicional.
Uma vez que o ovo é um produto deixado muitas vezes de lado pela investigação na área da substituição alimentar, o CFER tomou a iniciativa de criar um a partir do feijão de soja – que permite mimetizar o ovo original, a sua textura, nutrição, funcionalidade e forma de confeção – e outros extratos vegetais, juntamente com uma ‘pitada’ de sal negro dos Himalaias (que confere um sabor próximo do ovo). Esta alternativa à proteína animal será produzida em Portugal e pode ser usada na alimentação, na forma de ovos mexidos e omeletes, e na indústria pasteleira, graças à sua versatilidade. Contudo, não permite fazer ovos cozidos nem estrelados porque os correspondentes à clara e gema já vêm misturados.
O aspeto do ovo vegetal é semelhante a um ovo com casca e estará à venda congelado. No congelador, a sua validade é entre 9 e 12 meses, mas uma vez descongelado (durante a noite no frigorífico) fica em estado líquido e deverá ser consumido no prazo de 5 dias.
Depois de mais de 5 anos de investigação e desenvolvimento, este ovo líquido à base de plantas será lançado ainda no primeiro semestre de 2022 no mercado nacional e internacional, uma vez que já tem clientes interessados na Europa, EUA, África e Brasil.
O projeto está na fase final de implementação industrial em fábricas parceiras e a
ultimar os últimos detalhes técnicos e de comercialização através das lojas da retalhista. O ovo 100% vegetal enquadra-se no “Plantalicious”, um projeto próprio no qual a empresa desenvolve a sua própria investigação e coloca o produto no mercado, recorrendo a marcas próprias.
O CFER tem outros produtos em fase de desenvolvimento, nomeadamente palhinhas
comestíveis (produzidas a partir de extratos vegetais e algas) e omeletes, ovos estrelados, escalfados ou mexidos “prontos a consumir”.
Os produtos caracterizam-se por apresentarem menos gorduras e serem fornecidos através de uma cadeia de valor mais justa e transparente.
Acreditando na aliança entre ciência e oportunidades de negócio e na comunhão de
conhecimentos de várias áreas, a empresa conta com uma equipa de nutricionistas, químicos e engenheiros alimentares, chefs e especialistas em bebidas, com um raio de ação internacional.